sexta-feira, 20 de maio de 2011

Qualidade de imagem: Será que os japoneses nunca se cansam de inovar?



Minha experiência trabalhando em uma das maiores fabricantes de TV’s do mundo (japonesa), acabou despertando em mim gosto pela tecnologia (vídeo e áudio). Sendo assim, ao ver anúncios, como os que em breve relatarei, não me contenho em fazer indagações e projetar a possível aplicação da tecnologia.


Foi anunciado ontem, o protótipo do televisor da Sharp com a maior resolução do mundo. O televisor suporta 7680×4320p resolução intitulada de SUPER HI-VISION (que correspondem a 33 MegaPixels, 16x o Full HD).
Só para se ter uma idéia, uma imagem estática com essa resolução tem aproximadamente 17Mb, e para se reproduzir 5min de video, é necessário 1Tb em disco, o que nenhum bluray comporta. Para tornar o preenchimento de tantas linhas possiveis seria necessário também, o desenvolvimento de novas ferramentas de leitura e transmição de imagens, mas quanto ao armazenamento, talvez esse não seja o lado mais dificil, já que a A Compact Flash Association anunciou em fevereiro do ano passado o novo padrão CFA 5.0. que comporta até 144 petabytes (cerca de 147 mil terabytes) com taxa de transmição de 32Mb/s. Ainda não existem equipamentos de capturas de imagem em movimento com essa resolução, mesmo a filmadora mais potente da atualidade, com resolução 5K grava a 5120×2880 pixels, e a tela da Sharp tem resolução 7680×4320.

Durante a avaliação (desta e de qualquer outra TV), também devemos levar diversos outros fatores em consideração: não adianta nada enfiar um monte de pixels na tela se o resto da configuração não for boa, contraste, resposta, consumo de energia, fabricação ecologicamente sustentável, etc... Além da resolução, nada além foi divulgado.

Sem dúvida nos videos apresentados, trata-se de uma qualidade de imagem surreal, com definições tão perfeitas que em alguns momentos temos a nítida sensação de profundidade, o que só é possível hoje no mercado com as telas estereoscópicas.

A novidade no entanto, fica por conta do protópio anunciado da Sharp, e no tamanho anunciado, relativamente pequeno, 80”, pois o SHV em sí já vem sendo desenvolvido dês de 2002 pela NHK Science & Technical Research Laboratories em parceria com a BBC e a RAI (um dos canais mais assistidos na Itália), mas os tamanhos eras estratosféricos, 300”, o que era completamente inviável para o mercado.

Possivelmente o SHV, se aprimorado, chegará primeiro às telonas para posteriormente se destinado à uso doméstico, mas fica a dúvida... Nos atuais tamanhos comerciais, a grande maioria da população não difere HD de FullHD, e apesar de o SHV ter 16x a resolução do FullHD, nos tamanhos populares o grande publico pagaria muito mais por isso? E se pagasse perceberia a diferença, o benefício? Bem, por enquanto estamos contentes com as atuais Full HD’s e os bluray’s, em 2015 veremos...

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